Estarreci ao ler isso. Foi como se ela tivesse estado lá, observado e relatado, de uma forma tão linda, que eu não resisti e trouxe pra cá.
Ave, Tíccia!
Porque é único.
E é estranho e raro que eu saiba sempre que adjetivo vais usar, mas
mais bonito ainda é a surpresa de saíres com algo que eu não suspeitava ser tão
perfeito. E eu fico mais feliz quando o tempo passa e vamos conversando e
conversando e conversando de assuntos que são quase obras de Escher e, em vez de
ficarmos mais cansados, ficamos com mais vontade de. E rimos, um do outro e um
com o outro. Mas rimos sobretudo de nós mesmos, cada um de si, confessando
idiotices e fraquezas e bobeiras, porque estar à vontade é mesmo isso, rir de si
mesmo com vontade e sem medo nenhum, acolhido, amparado, sem peso ou
constrangimento das humanidades que nos aproximam e nos encantam. E eu te conto
de mim e das coisas que nem eu mesma sabia antes de te falar e tu contas as tuas
histórias como quem visita uma casa antiga, agora cheia de sol. E eu te deixo
ver as feridas e tu me contas onde estão tuas fragilidades, e temos vontade que
o tempo estanque, que a distância encurte, que se possa fazer isso tudo de
pernas entrelaçadas esperando adormecer um sobre o outro, cabeça no peito, dedos
emaranhados nos cabelos, um cheiro de pele que traz uma embriaguez mansa que não
poderia ser chamada de outra coisa que não de paz.
3 comentários:
Carla,
Conheci seu blog hoje. Espero visitá-lo algumas vezes mais.
Sou um catarinense morando no RJ agora. E já fui batizado na última semana - assalto no ônibus 462.
Tudo bem, a cidade é linda mesmo assim.
Muito prazer.
Cels
Tô com saudade....Snif. Tá lembrando de comer, mesmo longe de mim???
Xará, agora foi vc quem sumiu completamente...
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