Cíclicas

Escrevi esse texto pra alguém há algum tempo atrás. Não publiquei na época, pq sou uma idiota mesmo, mas é engraçado como algumas coisas na sua vida se repetem, e agora, alguns trechos dele continuam a fazer sentido. Ou seja, sou tão imbecil, que continuo a me meter cíclicamente nas mesmas encrencas. Auto-sabotagem deveria ser crime.

Tenho pra te oferecer
Meus ouvidos pra escutar tuas histórias e canções
Pra escutar as batidas irregulares do seu coração
Pra escutar sua respiração alterada quando me aproximo de ti.
Tenho pra te oferecer meus olhos, que te enxergam com carinho
De um jeito que ninguém mais te vê
Que te enxergam lindo, forte e encantador
Te vêem além daquilo que você se condicionou a enxergar.
Tenho meus lábios à
disposição dos teus, pra te beijar, pra sorrir pra ti, como confirmação muda
de todo bem que me fazes
Tenho meus braços onde se perdes sempre, esquecendo do tempo, do dia,
da noite, da roupa e do computador, onde sempre me achas, onde sempre te
entregas.
Tenho minhas mãos, que se enchem dos teus cabelos negros e
brilhantes, que acariciam teu rosto de menino feliz, que arranham suas costas e seus braços musculosos e gentis.
Mãos que passeiam alegres por suas pernas morenas, que te puxam pra mais perto de mim, que seguram as suas mãos junto às minhas

E que te acenam quando partes, mesmo sabendo que todas as vezes, poderá
ser a última. E que a última poderá ser apenas a primeira.
Te ofereço mais do que simples partes de mim, te ofereço vida.

A vida que se esvai dos teus olhos qdo percebes que o mundo
não é como gostaríamos, que as coisas não são como
devem ser.